quinta-feira, 30 de abril de 2009

Morido Cá - Presidente da CONAEGUIB


Morido Cá faz 25 anos a 10 de Junho de 2009, frequenta o 2º ano da Faculdade de Direito e é porta-voz da CONAEGUIB desde a sua fundação, em 2000. Entre 2001 e 2004 foi também presidente da Associação de Alunos do Liceu Dr. Agostinho Neto. Em Setembro de 2008 passou a presidente da Confederação Nacional das Associações de Estudantes da Guiné-Bissau.
Momentos antes de uma manifestação de alunos, que aconteceu a 29 de Abril de 2009, tivemos a oportunidade de entrevistar este jovem activista .

A:Qual é o papel da CONAEGUIB?
M: O papel da CONAEGUIB é contribuir, de uma forma satisfatória e enquanto potencial parceira do Governo, para a consolidação e edificação de um ensino de qualidade.

A: É fácil ser presidente desta associação?
M: Não é fácil ser presidente desta associação, porque temos um sistema de ensino muito fraco, onde os sucessivos Governos são incapazes de garantir um ensino de qualidade. Por este motivo, o desempenho desta função é de acrescida responsabilidade e coragem, no sentido de exigirmos meios que garantam um melhor funcionamento do ensino.

A: O que se pretende com a vigília que estão a organizar?
M: A vigília de hoje é uma forma de manifestarmos o nosso descontentamento face às sucessivas paralisações no ensino.

A: Considera que o ano lectivo deve ser considerado nulo, como muitos alunos já assumem?
Em termos políticos dificilmente o ano lectivo pode ser considerado nulo, embora em termos técnicos e pedagógicos já o seja de alguma forma.

A: Que papel se espera da política e do Estado relativamente à educação e ao ensino?
M: Cabe ao Governo a definição de políticas educativas e de estratégias de ensino consistentes. Considero que, na Guiné-Bissau, o obstáculo à definição e execução de uma estratégia de ensino consistente é sobretudo financeiro e económico. O papel da política é orientar a educação para a qualidade, mas em nenhuma parte do mundo é possível conseguir um ensino de qualidade sem meios.

A: Em Junho os guineenses vão às urnas. Acha que este factor terá influência no ensino?
M: Estamos na expectativa de que a questão do ensino seja objecto de discussão na campanha. Julgo que os candidatos não podem ficar calados em relação a este assunto. Embora não tenham directamente um papel na definição de políticas educativas, devem apelar, junto do primeiro-ministro, para a resolução deste problema.


Por:Ocante Ié; Mário Ié;
Telésfora salvador; Abrão Nanque; Justino Ampanail

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