terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Os Netos de Bandim




Fotos 1 e 2: Ensaios d' Os Netos de Bandim
Foto 3: Alunos do Atelier de Jornalismo a entrevistarem o porta-voz e coordenador do grupo - Ector Dióginas Cassamá

A: Quando é que se formou o grupo? Como? Porquê?
NB: O grupo formou-se no dia 12 de Novembro de 2000. Surgiu através da Escola dos Jovens Associados do Bandim, com o objectivo de participar no evento carnavalesco organizado pela ACESA, para promover os novos valores e difundir a nossa cultura. Actualmente o grupo é constituído por 50 crianças e jovens, um coordenador, um vice-coordenador e um responsável de relações públicas.

A: Porquê o nome “Os Netos de Bandim”?
NB: Bandim é a terra dos nossos avós e nós somos netos deles e fruto desta zona. Foi nesta perspectiva que surgiu o nome "Os Netos de Bandim".

A: Quantas vezes já participaram no Carnaval? Já foram vencedores?
NB: Participámos no Carnaval organizado pela ACESA, onde fomos vencedores duas vezes. Participámos no Carnaval da TININGUENA sete vezes e fomos vencedores três vezes. Em 2006 participámos no Carnaval Nacional, onde fomos vencedores.
Mas não actuamos só no Carnaval. Já fizemos várias acções de sensibilização no país, nomeadamente sobre a prevenção de doenças contagiosas. Até já viajámos uma vez para o exterior, para o Senegal, participando numa festa de casamento.

A: Há alguma história que queiram contar relativamente ao Carnaval?
NB: Sim, há uma história que ficou na memória do grupo. Passou-se em 2006, quando tínhamos o apoio de uma organização internacional, que não queremos denominar, mas com a qual acabámos por ter alguns conflitos. Divorciámo-nos dessa organização, a qual estava convicta de que não ganharíamos qualquer prémio sem eles. Fizemos um grande trabalho e conseguimos ganhar o prémio principal.


A: Quantos grupos étnicos constituem o grupo?
NB: Os grupos étnicos que constituem o grupo, no que respeita às suas danças, são: Balantas, Fulas, Mandingas, Felupes, Bijagós, Manjacos e, em estudos, Biafadas. Também temos danças mistas. Mas, independentemente das questões étnicas, o espírito do grupo é formar as crianças e envolvê-las na cultura nacional. Refira-se que o grupo é rigoroso em termos disciplinares, o que é bom para a formação dos jovens. Só com alguma disciplina se pode conseguir algo, sem abdicar é claro da criatividade de cada um.

A: Quais são as vossas perspectivas para este Carnaval?
NB: Neste Carnaval queremos ser vencedores. Para isso temos que trabalhar muito. Ensaiamos durante o ano todo, aos sábados.

A: Quais são os temas das vossas canções?
NB: Estamos a trabalhar o tema oficial do Carnaval, mas também a representar outras canções importantíssimas, de carácter étnico. Por exemplo, a dança de “campuni” da etnia Bijagós

A: Objectivos para o futuro.
NB: Legalizar o grupo, viajar de avião e fazer um blogue para o grupo.

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