segunda-feira, 21 de abril de 2008

Crise de Gasolina na Guiné-Bissau

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A falta de gasolina, que se faz sentir desde o início de Março na Guiné-Bissau, tem causado um significativo aumento de preços dos produtos de primeira necessidade.
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Os produtos de primeira necessidade aumentaram significativamente nas últimas semanas: um saco de arroz que custava 12500 francos CFA, passou a custar 15000; o pão aumentou de 100 para 150 francos CFA; um peixe de 750 francos CFA, passou a custar 1500; uma barra de sabão aumentou de 600 para 1000 francos CFA . Estes aumentos estão directamente relacionados com as dificuldades em sustentar os transportes, nomeadamente as canoas usadas na pesca (com motores a gasolina) ou os carros que trazem os produtos do Senegal e da Gâmbia. Um litro de gasolina que custava 750 francos CFA (cerca de €1,15), custa agora entre 3000 a 5000 francos CFA (entre €4 a €7,5).
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O transporte de doentes é outro problema causado pela falta de gasolina, com graves consequências para os cidadãos, nomeadamente os que residem nas ilhas e estão inteiramente dependentes das canoas para viajar. Nas suas casas, os cidadãos vêem-se também em dificuldades, já que não podem sustentar os pequenos geradores que, por algumas horas fornecem electricidade.
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Não havendo reservas de gasolina no país, que possam remediar as oscilações do preço deste combustível no mercado internacional, as repercussões no dia a dia dos guineenses são imediatas. Apesar da Guiné-Bissau dispor de um depósito (DICOL) com capacidade de reserva para 20 000 litros de combustível, devido a problemas de manutenção e a dificuldades financeiras, a sua capacidade de resposta está muito reduzida. A Guiné-Bissau fica assim inteiramente dependente do Senegal, enquanto parceiro externo, para tentar colmatar as necessidades mínimas de gasolina e, directa ou indirectamente, de outros produtos básicos. Mas nem sempre este parceiro pode dar resposta, agravando-se assim a vida dos guineenses que, por norma, já é difícil.
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Alunos do Atelier de Jornalismo, 15/04/2008

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